sexta-feira, 22 de julho de 2011

Exames do 12º e afins


Que as notas este ano foram uma desgraçeira, já sabemos; que matemática é um verdadeiro "examicídio" também. Português, esse já foi novidade. Ora o meu exame de português do 12º ano já foi há uns anitos, mas hoje revivi a pele de cordeiro dos alunos do 12º ano ao ler as muitas e diversas razões apontadas pelos professoras para este resultado horrível nas notas:

Numa das perguntas do exame de português do ensino básico, os alunos foram confrontados com uma estrofe de «Os Lusíadas» de Luís de Camões e tinham de identificar num único texto: o episódio a que pertencia a estrofe, o narrador, alguns grupos de personagens, referir o momento de acção, descrever o estado de espírito das personagens, entre outros pontos. O aluno podia ter a resposta quase toda certa, mas bastava indicar de forma errada o narrador ou esquecer-se de o referir, para que fosse atribuído «zero» de valor a esta questão. Os professores que falaram com tvi24.pt consideraram «excessiva» esta especificidade, já que num teste normal atribuiriam sempre algum valor à resposta.


Pergunta: mas qual é o espanto? Há uns 5 ou 6 anos já era assim. Nos exames de matemática, há critérios de correcção tão estúpidos como estes. Num exercício de cálculo os critérios definem normalmente 2 ou 3 métodos de cálculo, e se eles não forem utilizados, mesmo que o resultado final seja correcto, é o suficiente para descontar e descontar e descontar.

Anda mas é tudo doido e se ninguém tomar, rapidamente, as rédeas deste país, nomeadamente ao nível da educação, daqui a nada anda tudo à chapada, e não há-de faltar muito.

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