domingo, 27 de novembro de 2011

Acabo de chegar agora do cinema, depois de 2 horas de Ides of March e Ryan Gosling (soh my god... ). Fora a mais que óbvia sensualidade e estilo do Stephen e a destreza e inteligência de Morris, não posso deixar de comentar o conteúdo do filme em si, mas mais do que isso, a profunda tristeza que a sua "moral", ou falta dela, desperta em mim.

Stephen não tinha, verdadeiramente, más intenções. Era um jovem ambicioso, trabalhador, mas sobretudo acreditava no seu candidato e nunca pôs sequer em causa uma possível traição.

Morris era um político cheia de força de vontade, com limites bem delineados e um carácter incorruptível.

Mas a política; o dinheiro; os objectivos; a ganância; e sobretudo, o tipo de pessoas que compõem a nossa sociedades, transformaram em monstros estas duas pessoas. Mancharam as suas vidas.

E como no filme, também a vida real é assim. Ou, suponho que seja. Muito pior, acredito. E nunca este mundo viverá de forma pura, porque jamais as pessoas que compõem as suas sociedades serão puras. Os valores variam com os tempos, os momentos e sobretudo, o que nos rodeia. E o homem é demasiado fraco para lidar consigo mesmo. Será sempre, por isso chegámos onde chegámos e caminhamos para onde caminhamos.



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