domingo, 6 de novembro de 2011

Love is a fast song

Hoje fui cair de pára-quedas neste blog, mais concretamente neste post, que me levou depois a mais ou menos uma hora a ler todos os posts de corrida como se não houvesse amanhã. O pior de tudo é que certos e pequenos detalhes escritos por Juliette me fazem lembrar a minha própria vida, os nossos próprios hábitos e aqueles pequenos detalhes, que como ela menciona, nos fazem tremer o canto do olho de nervoso miudinho. Coisas como: tens que fazer isto e aquilo, e a resposta é SEMPRE: "já vou", "já faço" ... e 3 dias depois o lixo ainda lá está para deitar fora. Secalhar, o segredo de tudo isto é mesmo sermos fortes e assumir a proa, pegar no leme e conduzir o barco nós mesmas. Cada vez acredito menos na modernidade das relações, e secalhar é por isso que existem muitas e muitas senhoras de 70 anos, e mais ainda, com casamentos felizes... elas nunca esperaram mais do que tiveram antes, nunca esperaram ser ajudadas, nunca esperaram que eles largassem a TV, o futebol e as consolas (ok, na altura também não havia, mas tinham tabernas que era bem pior!!!) para conversar com elas, para reparar nas flores frescas em cima da mesa ou no corte de cabelo novo. Elas nunca esperaram que eles tirassem a loiça da máquina, nem que lhes comprassem flores por razão nenhuma. Por isso... tudo o que veio, foi lucro, e os momentos mais raros de demonstrações de carinho, de atenção, de "dar valor" assumiram proporções gigantescas.

Secalhar, não devemos esperar demasiado. Depois, quase invariavelmente, acabamos por nos magoar porque nada é como esperámos... nada.

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