terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

14/02

Eu, que sou uma pessoa muito romântica e coiso e tal, nasci do mês do amor. Oh yeah. MAS, para mal dos meus pecados, o meu amor detesta dias comerciais e como tal, o 14 de Fevereiro, mais conhecido pelo dia dos namorados, enquadra-se na categoria do "fujam, fujam, ele vem aí". Nessa categoria encontram-se também o 25 de Dezembro, mais conhecido como Natal; o dia da mãe, do pai, da criança, do gato, das meias rotas, enfim... talvez, repito, TALVEZ, se houvesse um dia da Xbox, o homem se deixasse eventualmente levar pelo espírito consumista da questão.

Mas, vá lá, vá lá, que este ano levei uma rosa vermelha toda catita e carnuda, de um vermelho sangue apaixonado, capaz de fazer inveja a essas rositas ranhosas que para aí andam. Verdade seja dita, foi um recadinho da minha cunhadinha (obrigada, Anocas!), mas verdade seja dita também, desde há 5 anos que ele não me dava flores, porque há 5 anos deu-me flores nos anos como única prenda de anos e o meu mau feitio veio à tona, respondendo-lhe que "flores não é prenda". E sim, levou-me 5 anos até conseguir que ele me oferecesse novamente uma florzita.

Agora, voltando à questão do amor em si e do dia dos namorados e tudo que mais... podíamos entrar em dilemas profundos sobre o que é o amor, para que serve, como e porque é que aparece, e tudo e tudo e tudo.... mas eu gosto de ser mais pragmática nestas coisas e portanto aqui vai a minha posta de pescada na blogosfera sobre o amor:

O amor é gostar, sobretudo, é gostar. Porque quando se gosta, mesmo a sério, respeita-se. E quando se respeita, compreende-se. Ao mesmo tempo, com o chegar dessas duas coisas, surge uma outra: a confiança. E amor é confiar. Porque sem confiar, não há amor. Pode haver paixão. Pode haver desejo. Mas não pode haver amor. Depois, amor é cumplicidade. E isso é difícil explicar... cumplicidade é ouvi-la refilar e ainda gozar com ela por estar a refilar pela centésima milionésima vez porque ele não limpou a areia do gato; é, a seguir, ele pespegar um beijo nela só porque é chata, e ele gosta dela assim. Amor também é ela repetir, incessantemente e dia após dia para ele tirar os cabides da casa de banho, e ele, dia após dia, não o fazer. Mas amor é isso porque dia após dia, a primeira pessoa em quem ela pensa quando acorda, é nele. Desde há 5 anos. E a primeira pessoa em quem ele pensa quando acorda é nela. Desde há 5 anos. Amor é sermos diferentes um do outro; é ela adorar comédias românticas que o fazem chorar de tédio; é ele adorar thrillers psicológicos altamente complicados que a fazem adormecer ainda o filme nem a meio vai. Amor também é comer meio kilo de sortidos húngaros a dois, com um sorriso achocolatado no meio, e partilhar o sentimento de culpa; amor é adorar ver a mesma série e descobri-la a dois e passar horas e horas a vê-la como se o mundo lá fora não existisse. Amor é rir das mesmas coisas... é rir descaradamente um do outro. E um com o outro. E é estar lá, naqueles momentos. Sem perguntar porquê. Isso é amor. O resto... bom, são como as malas da Prada da feira de S.Pedro... meras imitações :]


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